quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

A construção do sujeito

Dimensões constitutivas do sujeito psicológico

Uma sátira ao que acontece na escola. Se o professor souber encaminhar e canalizar todos esses sentimentos teremos um aluno real e não um sujeito idealizado que não corresponde ao processo de aprendizagem e de mudanças de comportamento. Todo ser humano é um ser complexo, ele vai construindo seus conhecimentos na interação com o meio e desenvolvendo todos seus aspectos biológicos, sociais, afetivos e culturais nessa interação, inclusive seus sentimentos e afetos são se moldando ao meio.
Vigotsky fala das emoções primitivas e mais sofisticadas como sendo iguais para todos. A diferença está na complexidade das mesmas e das relações experimentadas pelos sujeitos.
A forma de pensar que é construida pelo meio que nos rodeia inclui também os sentimentos. Sentimentos também se educam. O ser humano aprende com o legado de sua cultura e da interação com outros seres humanos num processo contínuo.
A construção de valores e a dimensão afetiva
Interessante perceber e constatar o comportamento infantil no que diz respeito a internalização de regras, noção de certo/errado e outros comportamentos adquiridos e aprendidos no meio em que vive. Quando uma criança chega na pré escola, por volta de 3 anos, em alguns casos mais cedo, ela tem como referência sua vivência e experiência familiar. Mesmo assim ela traz impressões e argumentações que dizem exatamente a forma que alguns conceitos ou regras lhe foram ensinadas. É comum ouvir as crianças recém chegadas na escola dizer para o colega ou professora - "Minha mãe diz assim ou faz assim"; "Meu pai...meu tio, minha avó....depende da afetividade e relacionamento mais intenso com esses membros da família. Quando a figura do professor começa a lhe transmitir segurança e afetividade a mesma situação ocorre ao inverso, em casa a criança diz "Minha professora quer que faça assim, ou isso é certo... e outras interferências que essa criança traz desse novo ambiente. Assim sucessivamente ela vai adquirindo novos conhecimentos e vai incorporando em maior ou menor grau de acordo com a proximidade e relação das pessoas que são presentes.É comum observar que após essa etapa de "confiança" a criança mesmo tendo um juízo moral em desenvolvimento ela questione algumas situações e até se rebele com outras, mas as primeiras impressões e ensinamentos de quem lhe transmitiu confiança e afetividade nunca deixam de vir a mente mesmo que suas decisões sejam contrárias.
A educação em valores e temas trasnversais pode dar um grande impulso nas relações afetivas, uma vez que os diálogos são presentes e mais abertos e com muito mais significados. Os assuntos a serem tratados falam de experiências pessoais, lugares comuns, problemas coletivos; todos esses fatores contribuem para uma relação de maior credibilidade, confiança resultando em laços afetivos que vão permitir a expansão de conhecimentos que transpõe o ambiente escolar.


CRIANÇA VÊ, CRIANÇA FAZ...

Nenhum comentário:

Postar um comentário